Thursday, October 19, 2006


Tem aquela história maluca, do artista contemporâneo Suiço, YVES ROSSY ,Q sensibilizado pelas antigas idéias de Leonardo da Vinci, pegou da ponta, rolou nas asas da franga, e partiu; sobrevivendo....no espaço sideral. AQUI

http://www.youtube.com/watch?v=Ww6yKOnmNgo&feature=related



EM BRANCO A COMUNICAÇÂO FUTURA>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

http://www.youtube.com/watch?v=Dpr2w73QZyM&feature=related


Pois é, coloquei o nome do meu amigo Edson Baloeiro e veio todas estas coisas interessantes. Este Ícaro _____foi muito engraçado, surpreendente:


AQUI:
o mais antigo destes videos, em baixo postados, O Pião da Bandeira (Cachambi 1979), criado e produzido pelo artista-baloeiro, alfaiate de profissão, Ivo Patrocínio, esta definitivamente interligado ao meu trabalho de Antropologia Visual. Filmado e montado por Azular (EU), só ficou faltando o som , que talvés seja tão importanta quanto as imagens. Ei! Oldair (SP), não quer ajudar_ financiar _ a conclusão deste documento da memória coletiva, que voces modificaram (em 79?). O trabalho é meu: filmagem e montagem. As matrizes do Pião da Bandeira ( Super 8 ), protegidas por São Jorge, ainda estão bem melhor, que este video, muito ruim, no YouTube_ paulista? Não é por nada não, com todo respeito pelas autoridades e artistas, interligados ao assunto, eu sou ET, não sou daquí, estou apenas constatando esta triste realidade, não ganhei nada com isto... AZ Coletor de Imagens. Rio 2008

http://www.youtube.com/watch?v=jnSxUbWd_4o&feature=related
Esta é da Manchete, no meu pé, pós ET...Porque a Globo não me contrata logo: o Dr. Roberto era amigo do meu pai e cheguei a conhece-lo na redação ( Av. Rio Branco? ). Pelo visto, continuo atento....E procurando ser ouvido.
Coisa feia, tudo isto. Felismente, o "secretário das culturas", foi pro espaço. Para seus amigos intimos ficou nosso documentário sobre os bate-bolas. E para o município voador, como passarinho, ficou nossa idéia_ possivel projeto_ de um centro de informações e amostragens, sobre biscateiros profissionais da periferia (artezões, costureiras, pedreiros e outros). Alí, naquela mesma Pça Tiradentes, aonde não estaremos, evidentemente. Compreendo, mas mordo até vampiros. E vou publicando tudo. Até jantar com aquelas criaturas fui. Sai mordido; pelo visto. Que é isso? Ficaram apemas, algumas penas e as contas, da ôpa!_cidade da música. Desafinando. Nunca mais; no Rio de Janeiro 17/5/2009. Mas voltarei em breve.... OK?


BALOARTE DEPOIMENTO
Quando minha família veio morar na zona sul, deixei para traz o sol de nossa vila iluminando pipas e balões (Rio 1949). Na retina da infância ficou um balão cruz, que balançando e soltando fumaça pela boca caiu no quintal de nossa casa, na rua Ibituruna. Apesar de nascer verruga no dedo, a noite, no Maracanã, ficava com meus irmãos contando balões até se confundirem com as estrelas. Minha adolescência, igualmente rica, foi marcada pel sofisticação cultural de meu pai, que sempre privilegiou a arte popular (Revista Nacional do Folclore, Camara Cascudo, etc). Fui moleque de praia no Arpoador, até ingressar na Escola Nacional de Belas Artes (Rio 1956). Conquistei a Medalha de Ouro, que correspondia ao mestrado universitário (ENBA 1961), ampliando meu universo visual como artista plástico. Assim constatei o registro de balões, na obra de artistas de renome nacional: Portinari, Di Cavalcanti, Volpi e Heitor dos Prazeres abordaram o assunto por diversas vezes. Guignard, foi além, tornando-se o pintor das igrejinhas de Minas Gerais e colocando nos céus toda sorte de balões juninos - saudades da infância no Rio de Janeiro... Quando vivia em Pedra de Guaratiba, sempre encontrava amigos apontando ao longe possíveis discos voadores. Certa madrugada, caminhando sozinho, senti alguma coisa acima de minha cabeça. Eu ia na direção da praia e quando me virei para o alto, lá estava ele, o Disco Voador... Na época andava às voltas com a comunicação carnavalesca periférica: O Clóvis vem ai! (Rio 1976). Fui pego pela surpresa, contudo a novidade era real, bem acima, voando baixinho, estava um deslumbrante disco de luzes e lanterninhas. Era um grande balão. Admirado, segui-o até os limites possíveis da interrogação e testemunhei seu pouso manso sobre o mar da restinga. Algumas coincidências me intrigam. Meu pai morreu em nossa casa, na rua Jardim Botânico (Rio 1969), vinte anos após nossa saída da Tijuca (Rio 1949). Minha mãe vendeu a propriede e, no mesmo ano, fui morar em Ipanema. E eu, a convite do novo proprietário, vinte anos depois de tudo acontecer, retornei a casa da Gávea para morar e pintar minha série sobre balões. A partir daí passei a fotografar, filmar, refletir e divulgar o universo visual extraordinário dos baloeiros. Mas foi graças aos amigos dos balões, ao editor Leo Christiano (Guia das Artes - JB), ao jornalista Humberto Vasconcelos (editor do Caderno B - JB) e a jornalista Mara Caballero (JB), que conseguimos realizar aquele novo trabalho de comunicação: BALOARTE (Rio 1979). Durante dois anos, vivi integralmente para o assunto e pintei mais de cem quadros sobre famosos balões da época. Depois mudei novamente e fui morar em Saquarema. Retornei definitivamente em noventa e um e iniciei novo ciclo, que culminou com minha exposição retrospectiva e o evento Muiti-Meios: Meia Lua de Compasso - Brincadeira Carioca. E foi assim, envolvido com vídeos, filmes, percussão, rodas de capoeira e quadros de Clovis e Balões que eu encontrei o Tharsis de Oliveira, vinte anos depois de tudo ter começado (Centro Cultural Laurinda Santos Lobo - Santa Tereza 1999). Como nos velhos tempos, de união e camaradagem suburbana dos baloeiros, Tharsis foi visitar minha exposição e levou o Humberto Pinto, que me dedicou o livro de sua autoria: Balão! O Peregrino do Tempo. Pesquisador aplicado e paladino da ancestralidade cultural brasileira, o autor ainda teve o cuidado de me citar em seu livro, como artista pintor que registrou os contemporâneos balões juninos. Daí nasceu o diálogo e meu testemunho carioca para este encontro com a Sociedade Amigos do Balão, onde se discutirá a regulamentação e a descriminalização da arte dos baloeiros. Apesar de todas as mazelas sociais e de massificação das consciências, desejo e aspiro encontrar soluções cabíveis para nossos problemas. Mas, realista, me deparo com a lamentável constatação: o povo é sempre bode expiatório. Não abdico da minha cidadania, mas hoje, ser brasileiro passou a ser um desvio genético sem solução. Ser pobre, um desvio de conduta. E, por fim, viver a verdadeira cultura carioca, um ato de delinqüência. Pessoalmente só preciso de um pouco de equilíbrio, porque sou capoeirista tardio. Aos 63 anos, nada tenho. Minto - não precisa de CPI - tenho direitos centenários de família, em dois jazigos perpétuos do Cemitério São João Batista. Como não pretendo morrer tão cedo, só me resta aproveitar a vida e a convivência com os amigos. Mas, se por acaso, o desenlace acontecer, não lamentem, que me incinerem numa fogueira de São João, e que, minhas cinzas voláteis de artista brasileiro, voe para os céus num balão peregrino.
Rio, 23 de março de 2001
. Aloysio Emilio Zaluar - Aloysio Zaluar - Azular

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